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Foto do escritorGabriel Cardoso

O Fim do Poder e "A Year of Books"


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Acabo de ler o primeiro livro do desafio A Year of Books criado por Mark Zuckerberg em seu perfil no Facebook. A cada ano ele propõe um novo desafio para si e em 2015 sua meta é ler um livro a cada duas semanas.

Diferentemente dos desafios que se propôs anteriormente, neste ele convidou seus seguidores para participar. Achei a ideia sensacional por vários motivos, mas principalmente pelo incentivo global à leitura. Enquanto Bill Gates pede que antes de computadores os pais deem livros a seus filhos, Zuckerberg pega os filhos pela mão e incentiva-os a ler. Ademais, não é todo dia que você pode participar de um clube de leitura gratuito, acessível, internacional e liderado por um dos maiores gênios de nossa época.

Bom, o primeiro livro -- The End of Power, de Moisés Naín --, durou sete anos para ser escrito e traz uma análise da mudança na maneira de adquirir, usar e manter o poder na sociedade. É a degradação do poder como é conhecido. Segundo o autor, o poder está perdendo força devido às revoluções do Mais, da Mobilidade e da Mentalidade e para ilustrar leva a seus leitores centenas de exemplos nos estados, na política, nas forças armadas, nas empresas, nas religiões, na mídia e em outros atores que o utilizam com maior ou menor frequência.

Em linhas gerais, crescem os micropoderes -- descentralizados, orgânicos e acessíveis -- enquanto os macropoderes –-centralizados, burocráticos e inacessíveis –- estão reduzindo sua força a cada ano.

O livro traz como "bônus" um panorama amplo, profundo e acurado das principais mudanças políticas, econômicas e sociais que ocorreram em nossa sociedade nos últimos 50 anos.

Se toda leitura de 2015 puder me impactar como este livro o fez, o ano será de muito crescimento.

"A degradação do poder é uma tendência estimulante no sentido de que tem aberto maravilhosos espaços para novas aventuras, novos empreendimentos e, pelo mundo todo, novas vozes e mais oportunidades. Mas suas consequências para a estabilidade são cheias de perigos."

Moisés Naín

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